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16 de out. de 2013

Ensino de língua inglesa para surdos

Olá queridos!

Semana passada conheci no nordeste várias pessoas muito queridas. Uma delas era ainda mais especial: Toni! Depois de começarmos a conversar sobre nossas pesquisas, nosso trabalho, descobri que ele fez mestrado em Ciências da Linguagem com uma dissertação sobre aprendizagem de língua inglesa para surdos. Claro que eu o convidei a escrever um pouco sobre esta pesquisa e pedi para publicá-la aqui no blog, o que ele prontamente atendeu.

Abaixo, reproduzo o depoimento de Toni (na verdade Antonio Henrique Coutelo de Moraes) sobre este trabalho: 

Foto de Toni.
Esse trabalho teve motivações intrínsecas e extrínsecas. Primeiramente, fui motivado pela convivência com surdos, que demonstraram interesse em aprender a língua inglesa e pelo carinho que tenho por minha prima que é surda e com quem convivo muito. Também, em um dado momento de minha experiência em sala de aula, eu me deparei com um aluno surdo e uma série de questionamentos surgiram em minha mente. De início, foi muito difícil receber aceitação das pessoas na Academia no que diz respeito à pesquisa. Contudo, após muita conversa e exposição de ideias, as ideias foram aceitas. Embora a aquisição da língua estrangeira para surdos pareça uma questão passível de ser adiada por haver outras questões relacionadas à aquisição da segunda língua que ainda não tenham sido resolvidas, eu e minha orientadora acreditamos na necessidade de avançar em novas discussões. Para tanto, realizamos a pesquisa sem deixar de estarmos atentos para o contexto de aquisição do conhecimento do surdo no Ensino Médio. O objetivo foi de investigar a possibilidade de fluência no inglês por seis sujeitos surdos, sendo necessário, então, observar o seu processo de aquisição e aprendizagem da LE em um contexto educacional inclusivista multi(bi)linguista. Inicialmente contávamos com dez sujeitos, dos quais alguns desistiram por dificuldades com a linguagem escrita de uma forma geral. Esperamos contribuir para que essa linha de estudos seja ampliada pois são poucas as iniciativas em nosso país sobre o tema.

A dissertação foi defendida em Recife, em 2012, e orientada pela Dra. Wanilda Maria Alves Cavalcanti. Para ter acesso a ela clique aqui.
Para contatar o Toni, o e-mail dele é: coutelodemoraes@gmail.com

Obrigada, querido Toni, por toda a ajuda e por disponibilizar seu precioso trabalho conosco. 
Abração,
Vanessa.

28 de mar. de 2012

Quero! Compras com temas de Língua de Sinais e Surdez...

Olá queridos,
Hoje o nosso post é bem consumista! Quero mostrar pra vocês algumas coisinhas que eu acho muito fofas e que eu queria muito ter, com temáticas de Línguas de Sinais, Surdez, D.A. De uma forma ou de outra, elas servem também para divulgar a cultura e o mundo dos surdos, que vem despertando o interesse e a curiosidade de muitas pessoas. Minha esperança é que, ao chamar a atenção, a sociedade perceba que precisa tornar nosso mundo mais acessível àqueles que não ouvem, ou não ouvem muito bem, e têm todo o direito de estudar, trabalhar, amar, se divertir, consumir, como bem entenderem....


1. Bolsa de pano da "BORDERS&FRONTIERS" com fotografias do alfabeto em LS. Importada, dá pra comprar no site da ASOS, por 12 libras.
2. Bolsa de pano com os sinais de Libras desenhados, formando mensagens, da "Libras By Soraya". Preço sob consulta no site.
3. Boné branco com o sinal internacional "I Love You" bordado, da "Loja da Libras", por R$ 39,50.
4. Camiseta branca com alfabeto em Libras nas costas, da "R&R Shop", por R$ 18,90.
5. Pingente com o sinal "I love You", prateado, acompanha corrente, da "Loja da Libras", por R$ 29,50.
6. Brinco Mãozinha, prateado, da "Fascinium", por 3 euros.
7. Aparelho auditivo para boneca, por 9 dólares, na Amazon.
8. Barbie Sign Language, que ensina Língua de Sinais, 80 dólares na Amazon.
9. Relógio com os sinais dos números em Libras, em MDF. Preço sob consulta, na Simque.

De todos esses itens, o que eu mais gostei foi o aparelho auditivo de boneca! E você, qual item você quer?
Abraço,
Vanessa.

27 de jan. de 2011

Língua de sinais para bebês

Olá pessoal! Vocês sabiam que alguns pais (ouvintes) estão optando por ensinar língua de sinais para seus bebês ouvintes? A ideia é que o bebê aprenda alguns sinais básicos, como papai, mamãe, alimentos, água, sede, para poder se comunicar antes de adquirir a linguagem oral (período pré-verbal). Assim, o bebê pode se comunicar, controlar sua frustração e desenvolver mais cedo suas habilidades linguísticas. Como a língua de sinais é utilizada juntamente com a língua oral, não há nenhum prejuízo para a aquisição da língua oral da criança.
Existem alguns sites com informações a respeito, além de livros e DVDs que podem ser comprados com lições para os pais ensinarem os seus filhos bebês as línguas de sinais. O recomendável é que se comece a ensinar aos 6 meses de idade, e é normal que a criança demore alguns meses para produzir seus primeiros sinais (embora eu não veja problema de começar antes, assim como a fala, quanto mais interação com seu bebê, melhor!)
A revista CRESCER fez uma matéria sobre o assunto, entrevistou especialistas (com opiniões divididas) e mostra um videozinho com uma dessas lições. Segundo a fonoaudióloga entrevistada, Izabella Santos Nogueira de Andrade "Não faz sentido aprender uma linguagem que logo será substituída pela oral”, o que eu discordo, pois a língua de sinais é uma língua real (e não linguagem), com status de língua e utilizada por muitas pessoas, logo, por que não? Por que a criança não poderá continuar aprendendo sinais depois de adquirir a língua oral?
No filme "Entrando numa fria maior ainda" o personagem de Robert de Niro ensina o neto a se comunicar assim!
No site Signing wiht yout baby você pode ter mais informações sobre o assunto.
O exemplo mais legal e fofo que eu encontrei desse método foi da menina Fireese, do canal do Youtube My Smart Hands. Neste canal, há diversos videos da menina ao longo de seu crescimento, antes do 1° ano de idade, aos 2, interagindo em ambas as línguas com a mãe dela (ASL e inglês), e aos 2 anos e meio, já lendo e escrevendo as primeiras palavras! 

Abaixo, o vídeo da menininha ainda bebê, interagindo com a mãe (muito lindo!)



E você, o que achou? Ensinaria a língua de sinais para seu bebê?
Abraço,
Vanessa.

25 de out. de 2010

Notícias do CELSUL 2010

Olá pessoal!
O CELSUL (Encontro do Círculo de estudos linguísticos do Sul) 2010, da semana passada, foi superlegal! O GT que participei, Linguística e Língua de Sinais, coordenado pelas professores Ronice Quadros e Rossana Finau estava muito especial, com trabalhos incríveis a respeito do tema, de várias partes do país, e com a presença de pesquisadores que enriqueceram muito as discussões do GT. Foi tanta coisa que não cabe em um post só, então, ao longo do tempo, vou comentando e postando trabalhos que encontrei por lá e compartilho com vocês, ok?
Primeiramente, quero mostrar uma foto bem legal do último dia do GT, com a galera que permaceu lá até o final.

É muita gente para colocar o nome de todos, mas ao longo dos posts vou mostrando os trabalhos individuais que foram apresentados, e então eu cito o nome dos colegas.
Para começar, vou falar do trabalho que apresentei: "A fala-em-interação em sala de aula de língua de sinais como segunda língua", foi um artigo que escrevi durante uma disciplina de mestrado, há alguns anos, mas que tinha muita vontade de publicar, para trazer um pouco da análise da conversa para a área da educação em contexto de língua de sinais. Foi uma experiência interessante. Para quem quer saber mais sobre o tema, apresento abaixo o resumo do artigo. Ele pode ser acessado diretamente da página do CELSUL, clicando aqui!
Resumo: A fala-em-interação em sala de aula de Língua de Sinais como segunda língua


O presente trabalho, desenvolvido durante curso de mestrado, busca investigar como ocorre a fala-em-interação em sala de aula de língua de sinais (LS) como segunda língua (L2) e observar como se dão as sequências de turnos na interação entre professor e aluno e entre os alunos, focalizando as sequências de correção, realizada pelo professor ou por colegas, ou pergunta do aluno para o professor. Cabe esclarecer que, neste contexto, o professor é surdo, usuário fluente de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e seus

Apresentação do meu artigo.

alunos são ouvintes, falantes de língua portuguesa (LP), com pouco ou nenhum conhecimento anterior em LIBRAS. O objetivo, portanto, é procurar, neste contexto, elementos descritos por Pedro de Moraes Garcez (2006) e Conceição et al. (2005), como a sequência triádica e o revozeamento, e como eles ocorrem em uma sala de aula de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). O estudo foi inspirado na tese de doutorado de Audrei Gesser (2006), onde a autora observou uma sala de aula de LIBRAS para “descrever as ações e os significados locais na interação social face a face entre um professor surdo e seus alunos ouvintes em um contexto de ensino e aprendizagem de LIBRAS” (Gesser, 2006, ix), porém, a pesquisa de Gesser (2006), adotou como metodologia a observação participante e notas de campo. Neste artigo, entretanto, os dados coletados através de gravação em vídeo, são transcritos e analisados no contexto pretendido, à luz da Análise da Conversação, para verificar se e como as sequências de IRA e revozeamento aparecem neste contexto.

Abraço a todos, aguardo comentários aqui no blog.
Vanessa

7 de jan. de 2010

Depoimento novela Viver a vida: filha com surdez

Olá pessoal

Estou reencaminhando mais um video da novela Viver a Vida sobre um caso de surdez, dessa vez sobre uma menina surda que foi incluída na comunidade surda: aprendeu língua de sinais, entrou em uma escola especial e se desenvolveu muito bem a partir disso!

A história: "Cláudia é mãe de Érika, que nasceu prematura e com problemas auditivos. Lutou muito para manter a filha estudando em escolas convencionais, mas o rendimento da menina sempre deixava a desejar. Um dia, resolveu conhecer o INES, Instituto Nacional de Educação de Surdos, e ficou maravilhada com a linguagem dos sinais. Érika passou então a estudar na escola, especialmente desenvolvida para proporcionar o desenvolvimento geral da pessoa surda, e hoje se prepara para o vestibular. Cláudia voltou a estudar e está cursando pedagogia, com o objetivo de se especializar na área voltada para surdos, e poder passar seu conhecimento a outras pessoas."

(clique na imagem acima para assistir ao vídeo).

Endereço da página consultada: http://especial.viveravida.globo.com/portal-da-superacao/

11 de fev. de 2008

Aprendendo LIBRAS


Muitas pessoas me pedem materias sobre LIBRAS como apostilas, manuais, etc, e, apesar de saber que a melhor maneira de aprender uma língua é interagir com seus usuários, no caso a comunidade surda, reuni três arquivos que poderão ajudar a quem procura materiais sobre a Língua Brasileira de Sinais. Os dividi em 3 níveis, para facilitar a leitura e uso deles:


1. Manual de LIBRAS básico - com alfabeto manual e vocabulário básico (130 sinais). Produzido pela APILMS (Associação de Intérpretes de Mato Grosso do Sul) e por isso, se você é de outra região, alguns sinais podem ser diferentes (mas a maioria é parecida com as variações mais usadas no país). [CLIQUE AQUI para baixá-lo]


2. Aspectos Lingüísticos da LIBRAS - desenvolvido por Karin Strobel e Sueli Fernandes, traz alguns aspectos básicos da LIBRAS, como: variações existentes, estrutura gramatical, pronomes, configuração de mãos, etc. Para quem quer entender um pouco mais da LIBRAS, traz bastante exemplos. 39 páginas. [CLIQUE AQUI para baixá-lo]


3. LIBRAS - Série Atualidades Pedagógicas do MEC - mais complexo, este volume é para os profissionais ou futuros profissionais de educação de surdos, professores, intérpretes, tradutores e instrutores. Traz vários textos de autoras como Lucinda Ferreira Britto, Ronice Quadros, sobre a estrutura lingüística da LIBRAS, unidades mínimas dos sinais, formação do léxico, aquisição de LIBRAS pela criança, sentenças, transcrição da LIBRAS, e vasta bibliografia. 80 páginas. [CLIQUE AQUI para baixá-lo]


Espero que lhes seja útil! Se você quiser compartilhar outros materiais semelhantes para serem disponiblizados aqui escreva para blogvendovozes@gmail.com.


Obrigada!!!

15 de jan. de 2008

Entrevista: Lodenir Karnopp

A REVEL- Revista Virtual de Estudos da Linguagem disponibiliza uma entrevista com a Dra. Lodenir Karnopp sobre aquisição de língua de sinais. Lodenir é autora de diversos livros de literatura adaptados para a comunidade surda, como Cinderela Surda, Rapunzel Surda, O Patinho Surdo, entre outros, pela Editora da Ulbra. Também é co-autora do livro Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos, juntamente com a Dra. Ronice Quadros.
Na entrevista, Lodenir fala sobre vários aspectos da aquisição de LS e dá uma lista de bibliografia especializada sobre o assunto.
Imperdível!!!

Para acessar a entrevista, clique aqui!!!

A idéia do blog é realizar e disponibilizar outras entrevistas com estudiosos da área. Quem você gostaria que fosse entrevistado?
Entre em contato conosco e dê sua dica: vanessadagostim@gmail.com
Abraços a todos!

7 de jan. de 2008

A Ilha de Matha´s Vineyard


Tomei conhecimento pela primeira vez sobre a ilha de Marthas Vineyard quando li o livro "Vendo Vozes" de Oliver Sacks. O autor conta que
foi até a ilha e ficou observando os moradores da ilha, e percebeu as marcas da forte comunidade surda que havia no local. Os nativos ouvintes mais velhos
ainda sinalizam, quando querem contar algum segredo ou alguma piada só entre eles.
A partir de então fiquei muito curiosa sobre a ilha, mas há pouca coisa em português sobre ela. Encontrei então um artigo em espanhol,
traduzido de um artigo em inglês e me aventurei a passá-lo para o português.
Hoje, a ilha é conhecida por sua beleza e muito visitada por turistas.

(no mapa, a ilha de Martha está na cor lilás)

Foto da ilha:


A Ilha Martha Vineyard (ou A Ilha dos vinhedos de Marta)

Texto traduzido do espanhol para português por Vanessa Dagostim.
Texto Traduzido ao espanhol da fonte:
http://deafness.about.com/cs/featurearticles/a/marthasvineyard.htmArtigo com direitos reservados , solicitamos contatar Jamie Berke para seu uso.

Onde a utopia surda existiu
A ilha de Martha Vineyard se encontra diante a costa de Massachusetts.Os primeiros colonizadores desta ilha levaram consigo o gene da surdez para lá (o primeiro surdo da ilha foi Jonatán Lambert, 1694). Resultados dos casamentos entre os colonizadores e ilheiros, começaram a nascer gerações e gerações de pessoas com surdez. Isto chegou a tal ponto, que a cada quatro crianças nascidas, uma era surda! Foi assim que havia tantas pessoas surdas no povoado de Martha Vineyard, mas a maioria vivia no povoado de Chilmark; os moradores deste lugar desenvolveram a língua de sinais MVSL, a língua de sinais de Martha Vineyard. Assim foi como a MVSL passou a formar, enriquecer e misturar-se com a língua de sinais americana - ASL.

Um lugar onde existiu a maior população surda

Os censos realizados durante o século 19 mostraram o grau de surdez existente na ilha. Por exemplo, em 1817, duas famílias tinham membros surdos, com um total de 7 surdos. Alguns anos depois, antes de 1827, já havia 11 surdos na mesma família. O censo de 1850 de Chilmark identificou 17 surdos entre 141 casas entrevistadas, nos povoados de Hammett, de Lambert, de Luce, de Mayhew, de Tilton, e as famílias do oeste. Em 1855, eram 21 com o povoado de Tisbury, próximo à ilha. O censo de 1880 de Chilmark apontava 19 surdos em 159 casas. As novas famílias surdas no censo de 1880 incluíram os nobres da ilha e o povoado de Smiths. Para pôr estes dados na perspectiva, comparada com o continente (ESTADOS UNIDOS) onde existia uma proporção de 1 pessoa surda para cada 6000 casas, no povoado de Martha Vineyard era muito alta a proporção, com uma média de uma pessoa surda para casa 155 casas (1 em 25 em Chilmark, e 1 em 4 na cidade de Chilmark de Squibnocket).

Alta aceitação da língua de sinais
A língua de sinais era tão aceita na ilha de Martha Vineyard, que um jornal se espantou em 1895 da forma em que o idioma era falado e sinalizado ao mesmo tempo e foi tão espontâneo, livremente usado e facilmente aceito pelos moradores surdos e ouvintes. As pessoas que se mudavam para Chilmark tinham que aprender língua de sinais para viver na comunidade. A surdez era tão comum que alguns moradores ouvintes pensavam realmente que era uma doença contagiosa. Porém, a surdez nunca foi considerada uma desvantagem dentro dessa comunidade.

Declinação gradual da população surda

Os casamentos na ilha continuaram e a população surda de Chilmark e do resto da ilha continuou crescendo. Isto se interrompeu quando as crianças surdas cresceram e começaram a receber educação no continente. E foi assim como aos poucos as crianças começaram a freqüentar escolas fora da ilha, e começou a decrescer a população surda, já que voltavam à ilha com seus novos companheiros que haviam conhecido no continente, e outra parte da população surda da ilha ficava no continente. Assim foi como nos anos 1950 faleceram as ultimas pessoas surdas da ilha.

Livros e outros recursos sobre a Ilha
A história da sociedade surda na ilha de Martha Vineyard fascinou a eruditos e deu lugar à publicação do livro: “Onde todos falavam língua de sinais: Surdez hereditária em Martha Vineyard”. Este livro remonta a origem da surdez na ilha a uma área do condado de Kent de Gran Bretanha chamado o Weald. Além disso, outros artigos estão disponíveis (em inglês). Apareceu na metade dos anos 90 um documento de pesquisa sem data de 15 páginas de Roberto Mather e Linda McIntosh na Universidad de Tufts, "Os Surdos de Martha Vineyard." A bibliografía cita dois artigos de 1981 do Duke's County Intoligencer, respectivamente intitulado "A surdez hereditária das ilhas: uma lição para a compreensão humana ", e "Crianças surdas: cidadãos valiosos." Também foi incluída na bibliografia um artigo de Boston de 1895, publicado num Domingo: "A trilha dos meninos surdos e mudos da aldeia de Squibnocket." Um artigo da Primavera de 2001 de seis páginas, "Uma cultura silenciosa com uma voz forte," na revista Bostonia, dos alunos da universidade de Boston. O artigo menciona brevemente os esforços de um aluno (Joan Poole Nash, agora professor de educação para surdos) para registrar em uma fita de vídeo o uso da MVSL (Língua de sinais de Marta Vineyard) por seus tataravôs. Em Março de 1999, a revista Yankee publicou o artigo, "A Ilha que falava com as mãos".

© Direitos reservados de tradução Espanhol – Português – Vanessa de Oliveira Dagostim – Janeiro de 2008.
© Direitos reservados de tradução Espanhol Blanca Camucet Ortiz 2000-2007.© Direitos reservados de artigo original em inglês 1997-2007 Autor Jamie Berke.

Em inglês (original) : http://deafness.about.com/cs/featurearticles/a/marthasvineyard.htm

Em espanhol: http://www.camucet.cl/DOCS/ARTICULOS/utopiasorda.html

Em português: http://blogvendovozes.blogspot.com

Para baixar o arquivo em PDF clique aqui.


13 de dez. de 2007

Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - MEC


Em 2004 o MEC e a Secretaria de Educação Especial lançaram dois volumes da Obra "O Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: caminhos para a prática pedagógica".

O primeiro volume traz perspectivas teóricas da Língua Portuguesa e da Língua de Sinais, história, educação. O segundo volume traz idéias de oficinas para essa disciplina.

Bem interessante, embora não tão profundo, mas com ricas referências e um bom começo para quem quer se especializar ou saber mais sobre essa área.

Disponibilizo aqui para aqueles que querem baixar, em PDF.



Abraços!!!

24 de nov. de 2007

Surdez, Bilingüismo e Inclusão: entre o dito, o pretendido e o feito


Disponibilizo no blog uma Tese de doutorado da Unicamp, defendida em 2004 por
Maria do Socorro Correia Lima, abordando o tema bilingüismo surdo/ouvinte em escolas inclusivas. Muito interessante o trabalho!



Resumo:


Lima, M.S.C. Surdez, bilingüismo e inclusão: entre o dito, o pretendido e o feito.
Campinas/SP: IEL/UNICAMP, 2004. 261 p. (Tese de Doutorado).
O eixo central da discussão surgiu da necessidade de dirigir o olhar ao cenário que compõe o
contexto escolar para analisar a chamada prática de bilingüismo do surdo que tem sido implantada, em escolas da rede pública, que trabalham com a proposta de inclusão.

O presente estudo, de natureza etnográfica, foi conduzido em duas escolas com dezenove
alunos surdos profundos, dentre os quais oito (8) estavam matriculados na primeira escola e onze (11) na segunda. Todos os alunos eram pertencentes à classe sócio-econômica baixa.
Para a configuração desta pesquisa, optei, como referencial teórico, pela vertente sóciohistórica,
na qual procuro elementos norteadores para circunscrever a temática deste estudo.
Os dados apresentados, nesta pesquisa, foram coletados em dois momentos distintos: na
primeira escola, a coleta foi iniciada no segundo semestre de 2000, durante o período de 18/08/00 à 30/11/00. Já na segunda escola, teve início em junho e se estendeu até dezembro de 2001.
Foram utilizados como recursos metodológicos os seguintes: observações em salas de aula
(regular e de apoio); registro através de vídeo-tape de algumas atividades desenvolvidas pelos alunos surdos com as professoras ouvintes, os colegas (ouvintes e/ou surdos) e o instrutor surdo; questionário aberto aplicado às professoras e ao instrutor surdo, com o intuito de coletar informações sobre suas visões de inclusão, educação bilíngüe e de aluno surdo; algumas atividades escolares, realizadas pelos alunos surdos; Investigação de dados em prontuários da escola; diário de notas de campo; entrevista semi-estruturada com a pedagoga responsável pela orientação prestada aos professores envolvidos com o trabalho pedagógico na escola; entrevista semi-estruturada com uma professora do ensino regular.
As observações/filmagens realizaram-se tanto na sala de aula de apoio como na sala de aula
regular (Ensino Fundamental). As observações e as filmagens priorizaram três tipos de situações
interativas nas escolas: 1) Instrutor surdo e aluno surdo; 2) Professora ouvinte, aluno surdo e alunos ouvintes; 3) Professora ouvinte, instrutor surdo e aluno surdo.
Procuro, nesta pesquisa, problematizar as tensões instauradas na educação de surdos para, a
seguir, analisar a situação de bilingüismo que há (ou não) nas escolas investigadas.
É, portanto, desse contexto e dessa prática escolares, que me proponho a tecer algumas
reflexões sobre a chamada educação bilíngüe para alunos surdos que está sendo implementada, em especial, na escola qualificada como inclusiva.


Trabalho completo - (clique aqui)

19 de nov. de 2007

Novo curso de Gradução

Divulgando novo curso de Graduação (inclusive para intérpretes)

Tecnologia em Comunicação Assistiva


e-mail:
ecam@phoenix.ucpel.tche.br
Site:
www.ucpel.tche.br

O tecnólogo em Comunicação Assistiva atua na promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência, na perspectiva da inclusão escolar e social nos setores públicos ou privados. Utiliza recursos pedagógicos, linguagens, códigos e sistemas específicos tais como LIBRAS, BRAILLE e Comunicação Alternativa, equipamentos, tecnologias, ferramentas de trabalho especialmente desenhadas ou adaptadas para viabilizar a comunicação, a informação e a sinalização para o acesso à educação. Com a crescente inserção desse público no setor produtivo e o advento de novas tecnologias de informação e comunicação, a área demanda profissionais tecnicamente preparados. Além de empregar equipamentos e técnicas de produção de material para essa "comunicação especial", esse profissional envolve-se também com estudos e pesquisas para o desenvolvimento de novas estratégias, estimulando a inclusão social pela minimização das barreiras na comunicação.
Pré-requisitoConhecimento de Libras

Mais informações: http://www.ucpel.tche.br/portal/?secao=cursos_int&id_cur=188&id_tipo=1

17 de out. de 2007

O Vôo da Gaivota

O vôo da Gaivota - Emanuelle Laborit

Emanuelle Laborit nasceu em 1972, na França. Foi a primeira filha de um jovem casal de estudantes de classe média, onde o pai estudava medicina (posteriormente vindo a ser um psiquiatra envolvido na luta pelos direitos dos Surdos) e sua mãe preparava-se para ser professora, porém interrompeu seus estudos para cuidar de Emanuelle. Surda de nascença, seus pais só tiveram a descoberta de sua condição aos nove meses de idade, e foram orientados pela equipe médica a não colocá-la em contato com outros surdos. Foi submetida, desde então, a tratamentos de ortofonistas, com oralização e uso de aparelhos auditivos, do qual só ouvia ruídos que não podia distinguir. Incluída em escola regular, somente aos 7 anos seu pai recebeu informações de surdos que utilizavam língua de sinais e conseguiram um bom desenvolvimento intelectual e comunicativo.
Emanuelle destacou-se por ser a primeira atriz surda a ganhar o prêmio Molière de teatro e também tornou-se a primeira francesa surda a escrever um livro. Mais do que sua própria e curta vida até então (já que ela o escreve com apenas 22 anos), o livro busca retratar a vida de uma pessoa Surda em um mundo que não está preparado para conviver com essa diferença:

Este livro é um presente da vida. Vai me permitir dizer aquilo que sempre silenciei, tanto aos surdos como aos ouvintes. É uma mensagem, um engajamento no combate relacionado com a linguagem de sinais, que separa ainda muitas pessoas. (Laborit, p.9)

Um dos motivos pelo qual o livro foi considerado por muitos uma ousadia, é pela dificuldade que os surdos têm com a língua escrita, tanto na leitura quanto na produção. A própria autora diz ter mais medo da escrita do que da fala, ainda que isso pareça estranho vindo de uma surda, mas fica registrada a dificuldade de lidar com a representação escrita de uma língua oral-auditiva, como o francês ou o português, por falantes nativos de línguas orais-espaciais, como a língua de sinais. Por isso, ela explica seu método de produção da obra: “Outras pessoas, mais curiosas, perguntaram como iria fazer. Escrever por conta própria? Contar o que gostaria de escrever a um ouvinte que traduziria meus sinais? Faço as duas coisas. Cada palavra escrita e cada palavra em sinais são irmãs.” (Laborit, p. 8) Assim, para a escrita do livro a autora contou com uma espécie de tradutora que a auxiliou, Marie-Thérèse Cuny, porém conservando seu estilo próprio, o que é observado ao longo da leitura.

10 de out. de 2007

Materiais interessantes sobre surdez - Parte 1


Posto aqui alguns materiais interessantes para serem baixados por quem se interesse!!! (Clique nos títulos para salvá-los em seu computador.)
















Abraço


Vanessa