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8 de jan. de 2009

"Escola especial para surdos" ou "escola de surdos"?


Abordei essa questão em minha dissertação a partir da leitura que fiz sobre o livro de Maura Corcini publicado em 2007 (bibliografia no final do post).

Abaixo, um trecho do texto que escrevi sobre a temática.


"a comunidade surda reivindica uma escola de surdos que atenda a suas reais necessidades sociais, cognitivas e lingüísticas. Insatisfeitos com o nome “escola especial para surdos”, que traz no adjetivo “especial” uma conotação há muito entendida como escola para deficientes, para aqueles alunos que não possuem as condições necessárias para estarem inseridos em escolas ditas “normais”, a comunidade surda vem conseguindo, em alguns estados, a construção de “escolas de surdos”. A mudança de “escola para surdos” para “escola de surdos” representa não apenas a troca de uma placa, mas de uma visão política diferente em relação a educação desses alunos, pois não são feitas apenas para alunos surdos, como por surdos, com profissionais surdos atuantes, políticas educacionais específicas e um currículo surdo. Desta forma, a escola de surdos legitima ainda mais seu espaço de fundamental importância na vida desta comunidade, por ser muitas vezes o primeiro lugar “em que muitos têm a chance de conviver e de se auto-identificar com outros surdos” (Corcini, 2007, p.81)."


Qual a sua opinião sobre essas alterações? comente e vote na enquete do blog, à esquerda da página! Abraços!
Referência: LOPES, Maura Corcini . Surdez & Educação. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. v. 1. 103 p.

26 de set. de 2008

Pensando sobre inclusão...


Tenho pensando muito ultimamente sobre o que realmente significa a palavra "Inclusão". Quando se trata de Educação de Surdos e Inclusão, logo os ânimos se alteram e quem é a favor se debanda para um lado e quem é contra, para o outro. Todos os lados têm suas justificativas muito bem embasadas. Mas quando pensamos em escola especial para surdos, dessas que eu já conheci e que você conhece, feita de gente, a palavra inclusão salta o tempo todo. Quem foi que disse que escola especial é o contrário da escola inclusiva?
Das escolas especiais que conheço, pelo menos meia dúzia, seja privada, estadual ou municipal, todas elas são muito inclusivas. Em todas elas haviam alunos surdos, que antes de surdos são humanos. E humanos são diversos.

As escolas especiais para surdos atendem alunos surdos, mas que, muitas vezes também tem outras dificuldades, ou, "diferenças": dificuldades de locomoção, hiperativos, com dificuldade de aprendizagem ou super-dotados; autistas, disléxicos; surdo-cegos; pobres e ricos; com famílias presentes ou órfãos e abandonados. Como qualquer escola. Por isso, a escola especial é altamente inclusiva, e, seus professores, não devem se prender ou voltar todas as suas atenções para a questão da surdez que atinge seus alunos (ou a si mesmo), mas a toda a complexidade que eles, como humanos, têm.

Às vezes nós, professores, esquecemos disso. Mas, basta a gente se olhar um pouco, ao querer mais justiça e compreensão do mundo sobre nossos próprios problemas, dificuldades, diferenças e necessidades que percebemos o quanto nossa visão sobre o outro precisa ser reformulada e ampliada constantemente

Falando em inclusão, sugiro um blog ótimo que eu encontrei: http://inclusaobrasil.blogspot.com/ Com diversos materiais, reportagens, artigos, vale a pena ser visitado sempre!
E um grande abraço para a dona dele, Marina S. Rodrigues Almeida! Parabéns, Marina!

21 de dez. de 2007

Inauguração da Primeira escola especial para surdos Municipal de Porto Alegre

Repassando a notícia. Cabe salientar que Porto Alegre já conta com escolas para surdos privadas e estaduais. Essa será a primeira municipal.

Fogaça inaugura primeira escola de surdos da Capital

A partir do próximo ano letivo, Porto Alegre contará com a primeira escola voltada à educação de surdos. Esta manhã, 20, o prefeito José Fogaça inaugurou a Escola Municipal de Ensino Fundamental de Surdos Bilíngüe Salomão Watnick, localizada na Rua Mariante, 550, Bairro Rio Branco. Antiga reivindicação da comunidade surda da Capital, a escola foi conquistada no Orçamento Participativo em 2000 e garantida pela prefeitura em 2005. "É uma grande conquista dos próprios surdos. A escola representa uma nova era na história da educação em Porto Alegre. Vamos fazer disso uma bela tradição e um exemplo de respeito às necessidades especiais e às reivindicações de setores que constituem minoria", declarou o prefeito.

Além do atendimento aos alunos, a escola irá oferecer um grupo de estudos da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) para familiares e responsáveis. "É a realização de um sonho", disse Leida Souza, mãe das gêmeas Antônia e Gabriela, de sete anos. Desde março, Gabriela participa das turmas de apoio pedagógico em salas adaptadas na sede da Smed. Com a nova escola, a orientação poderá ser estendida à família, facilitando a comunicação entre as duas irmãs. Inicialmente, a escola atenderá duas turmas de alfabetização, totalizando 20 alunos a partir de cinco anos, em espaço provisório adaptado pela Secretaria Municipal da Educação (Smed). A escola conta com acessibilidade por rampas e banheiros adaptados, sinalização visual adequada aos alunos, salas multifuncional, duas salas de aula, sala de professores, secretaria, refeitório e praça de lazer.
Conforme a titular da Smed, secretária Marilú Medeiros, a escola conta com R$ 140 mil em recursos do orçamento destinado à educação especial. A sede definitiva será construída em área da prefeitura, no Bairro Partenon.
Inclusão - As aulas serão ministradas por professores concursados da rede municipal de ensino habilitados em educação de surdos. Aberta a toda comunidade de surdos da Capital, a escola funcionará das 13h30 às 17h30 e trabalhará por projetos elaborados conforme a necessidade dos alunos.
Vagas Com atendimento a 12 alunos no espaço de apoio pedagógico de surdos na sede da Smed, a rede oferece 130 vagas para alunos jovens e adultos em turmas de surdos no Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire, além de bolsas de estudo para 30 alunos do Ensino Fundamental na Escola Especial Frei Pacífico. Infomações pelo telefone (51) 3289-1852.
Endereço: Escola Municipal de Ensino Fundamental de Surdos - Escola Bilíngüe End: Rua Mariante, 550