29 de out. de 2010

Trabalho de Lilian Coelho Pires no CELSUL 2010

Continuando a divulgar os trabalhos que foram apresentados no CELSUL que possuem relação com as temáticas tratadas no blog, hoje quero falar sobre o trabalho de Lilian Coelho Pires, que apresentou sua dissertação de mestrado na UFSC, e atualmente cursa doutorado em Linguística na UnB. O título do trabalho é "AQUISIÇÃO DO PORTUGUÊS ESCRITO POR SURDOS USUÁRIOS DE LSB: EFEITOS DA INTERFERÊNCIA DA L1 EM CONTEXTO DE CONCORDÂNCIA VERBAL". Nem preciso falar que achei o trabalho muito interessante, já que a temática é de grande interesse meu. Achei importante a comparação que Lilian propôs ao comparar a interferência da Língua de Sinais em relação a concordância verbal, considerando que, em Língua Portuguesa, algumas infinitivas são licenciadas, ou seja, elas permanecem no infinitivo, como na frase "Eu quero comer". Devemos considerar essa ocorrência no ensino de LP como L2 ou LE, que certamente gera dificuldades no aprendizado das regras gramaticais.
Abaixo, o resumo do artigo. Para aqueles que se interessarem, baixe o arquivo completo AQUI!
Resumo: Aquisição do português escrito por surdos usuários de LSB: Efeitos da interferência da L1 em contexto de concordância verbal Discutirei sobre a aquisição da língua portuguesa (LP) escrita como segunda língua (L2) por sinalizantes surdos, tendo a Língua de Sinais Brasileira (LSB) como primeira língua (L1). São dois os objetivos. O primeiro é comparar os valores paramétricos entre o português escrito e a LSB referente à concordância verbal e ao apagamento de argumentos do verbo em uma sentença, objetivando verificar na estrutura sintática das sentenças escritas em português pelos sinalizantes se há interferência da L1 na aquisição da L2. Os dados foram obtidos por meio de testes experimentais intralínguas com produção eliciada realizados com dezessete surdos, filhos de pais ouvintes, cursando o ensino médio. Dadas as diferenças paramétricas entre as duas línguas, visa-se saber o modo pelo qual a GU é acessada na aquisição da L2, pois se acredita, conforme a Hipótese de Acesso Parcial (Shauchter, 1989 e Strozer, 1992), que
inicialmente o sinalizante de LSB, ao aprender o português escrito, transferirá os valores da L1 na aquisição da L2. O segundo objetivo, decorrente do primeiro, será discutir em que níveis a transferência de propriedades ocorre entre as duas línguas, considerando-se que os sinalizantes tiveram contato com a LSB em diferentes idades. Ao final, questiono sobre o quão bilingue são os informantes e sua educação, a fim de refletir se esse processo é realmente bilíngue. Pretendo, portanto, discutir a transferência de valores paramétricos de concordância verbal da L1 (LSB) na aquisição da L2 (LP) e levantar questões que podem subsidiar uma reflexão futura sobre educação bilingue dos surdos.

Abraços a todos, espero os comentários.
Lilian, parabéns pelo seu trabalho. Espero encontrá-la novamente!

25 de out. de 2010

Notícias do CELSUL 2010

Olá pessoal!
O CELSUL (Encontro do Círculo de estudos linguísticos do Sul) 2010, da semana passada, foi superlegal! O GT que participei, Linguística e Língua de Sinais, coordenado pelas professores Ronice Quadros e Rossana Finau estava muito especial, com trabalhos incríveis a respeito do tema, de várias partes do país, e com a presença de pesquisadores que enriqueceram muito as discussões do GT. Foi tanta coisa que não cabe em um post só, então, ao longo do tempo, vou comentando e postando trabalhos que encontrei por lá e compartilho com vocês, ok?
Primeiramente, quero mostrar uma foto bem legal do último dia do GT, com a galera que permaceu lá até o final.

É muita gente para colocar o nome de todos, mas ao longo dos posts vou mostrando os trabalhos individuais que foram apresentados, e então eu cito o nome dos colegas.
Para começar, vou falar do trabalho que apresentei: "A fala-em-interação em sala de aula de língua de sinais como segunda língua", foi um artigo que escrevi durante uma disciplina de mestrado, há alguns anos, mas que tinha muita vontade de publicar, para trazer um pouco da análise da conversa para a área da educação em contexto de língua de sinais. Foi uma experiência interessante. Para quem quer saber mais sobre o tema, apresento abaixo o resumo do artigo. Ele pode ser acessado diretamente da página do CELSUL, clicando aqui!
Resumo: A fala-em-interação em sala de aula de Língua de Sinais como segunda língua


O presente trabalho, desenvolvido durante curso de mestrado, busca investigar como ocorre a fala-em-interação em sala de aula de língua de sinais (LS) como segunda língua (L2) e observar como se dão as sequências de turnos na interação entre professor e aluno e entre os alunos, focalizando as sequências de correção, realizada pelo professor ou por colegas, ou pergunta do aluno para o professor. Cabe esclarecer que, neste contexto, o professor é surdo, usuário fluente de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e seus

Apresentação do meu artigo.

alunos são ouvintes, falantes de língua portuguesa (LP), com pouco ou nenhum conhecimento anterior em LIBRAS. O objetivo, portanto, é procurar, neste contexto, elementos descritos por Pedro de Moraes Garcez (2006) e Conceição et al. (2005), como a sequência triádica e o revozeamento, e como eles ocorrem em uma sala de aula de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). O estudo foi inspirado na tese de doutorado de Audrei Gesser (2006), onde a autora observou uma sala de aula de LIBRAS para “descrever as ações e os significados locais na interação social face a face entre um professor surdo e seus alunos ouvintes em um contexto de ensino e aprendizagem de LIBRAS” (Gesser, 2006, ix), porém, a pesquisa de Gesser (2006), adotou como metodologia a observação participante e notas de campo. Neste artigo, entretanto, os dados coletados através de gravação em vídeo, são transcritos e analisados no contexto pretendido, à luz da Análise da Conversação, para verificar se e como as sequências de IRA e revozeamento aparecem neste contexto.

Abraço a todos, aguardo comentários aqui no blog.
Vanessa

19 de out. de 2010

CELSUL 2010 e artigos sobre Tradução

Oi pessoal!
Começa amanhã o CELSUL 2010, que eu já havia publicado aqui no blog. Para aqueles que quiserem assistir aos trabalhos, palestras e pôsteres, ou ainda, ter acesso aos artigos dos trabalhos que serão apresentados, pode clicar aqui.  Lembrando que os GTs que tratam dos assuntos de LIBRAS e Linguística, são os Gts 2 e 7 (no qual participarei:
Bloco B – sala 217
GT 7 – Linguística e língua de sinais
Coordenadores: Ronice Müller de Quadros (UFSC); Rossana Finau (UTFP)
20/10 (14:30-16:00)
1. A fala-em-interação em sala de aula de Língua de Sinais como segunda língua – Vanessa de Oliveira Dagostim Pires
Para os que participarão, até amanhã!
Maiores informações: http://www.celsul.org.br/unisul/index.htm

6 de out. de 2010

Literatura Surda - Parte I

Não sei como, em tanto tempo de blog, ainda não havia postado nada a respeito de Literatura Surda! Mil perdões! Espero me redimir e começar a tratar desse assunto mais frequentemente, visto que é tão necessário e pouco divulgado.
A Literatura Surda é toda literatura desenvolvida por e para surdos, com o objetivo de difundir e registrar a cultura e a comunidade surda, e a língua de sinais. As obras de literatura surda retratam tanto histórias próprias, criada por surdos, ou integrantes da cultura surda, como adaptações de clássicos da literatura repensadas sob a visão da comunidade surda. Ela pode e deve ser utilizada como um importante veículo de alfabetização e letramento dos surdos, pois ali o sujeito surdo poderá se reconhecer, o que o estimulará a desenvolver a leitura. Ela também pode ser um rico material didático para o ensino de línguas para surdos, podendo ser adaptada para diversas línguas, recontada, contada em Língua de Sinais, etc...
Além de todas essas vantagens, a literatura surda sensibiliza os ouvintes para refletir sobre o tema, por isso é muito interessante indicar a leitura dessas obras em cursos de formação de professores, cursos de LIBRAS ou mesmo em aulas de ensino regulares, como instrumento de trabalho sobre respeito às diferenças.
Conheci as primeiras obras de Literatura Surda quando iniciei meu curso de LIBRAS, e o instrutor nos ensinava vários sinais a partir daquelas histórias, além de trabalharmos expressão corporal e desinibição, pois tínhamos que encenar a obra, em LIBRAS, obviamente. Em outros cursos de LIBRAS que realizei, a prática se repetiu, e todos os alunos adoraram!

Hoje vou começar então, indicando alguns materiais que tratam sobre a Literatura Surda, para quem quer saber mais sobre o assunto:

E você, já conhece a Literatura Surda? Que outras obras você recomenda?

5 de out. de 2010

Inclusão na Feira do Livro de Porto Alegre

01.10.2010
Plataforma para a inclusão

A inclusão das pessoas com deficiência será tema de palestras e debates durante a 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Um dos eventos ocorre no dia 31 de outubro, na Casa do Pensamento (Armazém A do Cais do Porto), com uma série de palestras promovidas pela Associação Gaúcha de Pais e Amigos dos Surdocegos e Multideficientes (Agapasm). Entre os assuntos abordados estão o emprego, a educação e a sexualidade da pessoa com deficiência. No final da tarde, a partir das 18 horas, haverá ainda a sessão de autógrafos do livro “A Grande Revolução”, de Alex Garcia, presidente da AGAPASM, e da cearense Rozelane Pessoa. Informações e inscrições: surdocegueira@gmail.com
A Feira do Livro de Porto Alegre também é palco para o seminário Contação de História em Libras em Perspectiva, promovido pelo IPA, em parceria com a Associação Gaúcha de Intérpretes de Libras, que ocorre no dia 15 de novembro, na Casa do Pensamento. Informações e inscrições podem ser solicitadas pelo email visitacaoescolar@camaradolivro.com.br ou pelo telefone (51) 3286.4517.

3 de out. de 2010

Entrevista exclusiva: Pedro Witchs

Olá pessoal! É com grande alegria que hoje divulgo a entrevista que fiz com Pedro Witchs, meu colega de projeto de pesquisa, e ex-aluno do curso Introdução ao Ensino de LP para Surdos (UNISINOS), quando nos conhecemos. Leia e comente!

Sobre o entrevistado
Pedro Henrique Witchs é ouvinte, cursa o semestre do curso de Biologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, é pesquisador do Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Educação de Surdos – GIPES, bolsista de Iniciação Científica da Profa. Dra. Maura Corcini Lopes (Programa de Pós-Graduação em Educação da UNISINOS) e atualmente também é aluno do curso de formação de Tradutores/Intérpretes de Língua de Sinais da Ulbra. Tem 21 anos, nasceu e reside em Sapucaia do Sul. Apesar de tão jovem, somente neste ano Pedro recebeu dois prêmios com reconhecimento nacional por sua pesquisa: no início do ano ele recebeu o prêmio na categoria Estudante de Graduação, do Prêmio Construindo Igualdade de Gênero, promovido pelo governo federal, com o artigo Gênero e Sexualidade na Escola de Surdos. Agora, ele conquistou o primeiro lugar na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes, do 8º Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com certeza, ninguém duvida que esse jovem professor-pesquisador irá muito longe.

Olá Pedro, é uma alegria para nós sua entrevista para o Blog Vendo Vozes.

Pergunta 1: Como surgiu seu interesse pelo mundo dos surdos?
Resposta: Olá, primeiro quero agradecer o interesse do blog pelo meu trabalho. É um prazer estar aqui para responder a uma entrevista, pois sou leitor deste espaço desde quando meu interesse pela cultura surda começou a criar forma. Digo “criar forma” porque acredito que meu interesse materializou-se a partir do momento em que comecei a aprender língua de sinais em meados de 2008. Posso dizer que a minha vontade em aprender língua de sinais foi uma dessas vontades que surgem do nada, porque antes de aprendê-la eu não conhecia surdos (pelo menos não o suficiente para eu sentisse necessidade de me comunicar com eles). Ou seja, meu contato com qualquer membro da comunidade surda era nulo. Eu gosto de considerar meu interesse em aprender a língua de sinais brasileira uma situação análoga à vontade que eu tive de aprender, por exemplo, a língua inglesa no início de minha adolescência. Claro que as pessoas estão mais expostas à cultura dos povos usuários da língua inglesa e isso é um fator que contribui para que se crie o interesse em aprendê-la. Contudo, gosto de saber que o meu passaporte de entrada ao “mundo dos surdos” se deu assim: despretensiosamente. Posteriormente ao fato de eu ter realizado um curso de LIBRAS de nível básico, sedento de saber mais sobre a comunidade e a cultura dos surdos, descobri que havia pesquisas sobre esses assuntos sendo realizadas na Unisinos. Consegui contatar a professora-pesquisadora que lidera as pesquisas do Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Educação de Surdos (GIPES), a Profa. Dra. Maura Corcini Lopes, a fim de saber mais sobre o trabalho do grupo. Por sorte, ela estava selecionando bolsistas de Iniciação Científica, então eu me candidatei à vaga. Desde então, cada vez mais aprendo sobre esses temas abordados pelos autores dos Estudos Surdos em Educação. Inclusive, quero mencionar que o fato de eu realizar atividades de Iniciação Científica não faz de mim um pesquisador (ainda, hehehe), mas sim um aprendiz de pesquisador.

Pergunta 2: Como foi receber duas premiações com reconhecimento nacional apenas este ano?
R: Para mim, acima de qualquer reconhecimento, as duas premiações são um incentivo para que eu permaneça no caminho investigativo. Pretendo continuar desdobrando minhas pesquisas de forma comprometida com a sociedade e, principalmente, com a comunidade surda.

Pergunta 3: Na sua opinião, quais são os maiores desafios para o professor de Ciências e Biologia para surdos?
R: Em meu recorte investigativo (“recorte” porque faço uso de dados obtidos através de duas pesquisas maiores realizadas pelo GIPES), venho percebendo que os desafios enfrentados pelos professores dessa área de conhecimento específica são parecidos com os desafios enfrentados por qualquer professor de surdos que não tenha língua de sinais como primeira língua, independente da área de conhecimento. Poder pensar nas possibilidades de criação nessa língua, a meu ver, tem sido a maior dificuldade, pois, embora ela já seja uma língua oficial do país, parece ainda ser pensada apenas como uma ferramenta pedagógica, uma língua de tradução de conteúdos.

Pergunta 4: Como você avalia as políticas públicas atuais de educação de surdos no Rio Grande do Sul?
R: A proposta da inclusão escolar é uma realidade que perpassa a educação de surdos no Estado. A preocupação agora é em como esse trabalho está sendo encaminhado. É muito importante que as condições educacionais sejam igualitárias e, para isso, uma série de elementos são necessários aos professores e aos surdos matriculados nas escolas regulares. Sabemos, através das pesquisas vinculadas ao GIPES, que muitas escolas ainda não se adequaram à "Educação que nós os surdos queremos" (remeto-me ao documento elaborado pela comunidade surda do Rio Grande do Sul durante o Pré-Congresso ao V Congresso Latinoamericano de Educação Bilíngue para Surdos realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS em 1999). Se a preocupação com a qualidade da educação dispensada aos surdos não existir nesses espaços inclusivos, então é possível se perguntar que tipo de inclusão está sendo proposta.

Pergunta 5: O que você recomendaria para aqueles acadêmicos ou docentes que pretendem trabalhar com o ensino de ciências para surdos, ou que possuem alunos surdos em suas turmas “regulares”?
R: Aos que querem trabalhar com surdos: comecem a aprender língua de sinais o mais rápido que puderem! O professor que trabalha com surdos precisa ser fluente em língua de sinais. Sabe-se que, em nossa realidade, nem todos os professores ouvintes de surdos estão preparados para o trabalho de caráter bilíngue, mas essa etapa da formação docente deles precisa ser defendida, sem contar todos os outros compromissos que esses professores deverão ter em relação às especificidades da educação de surdos como, por exemplo, compreensão sobre a diferença cultural e a identidade surda. Aos que possuem alunos surdos em suas turmas regulares: se não há um profissional tradutor/intérprete de língua de sinais trabalhando em sua escola, procurem os direitos de seus alunos surdos. A escola precisa imediatamente se adequar aos seus alunos surdos começando pela contratação do profissional habilitado para esse serviço de tradução. Essa profissão acaba de ser regulamentada no Brasil e, na lei, é possível encontrar todas as recomendações que uma escola precisa para realizar tal contratação como, por exemplo, que tipo de formação o profissional deve ter, entre outras coisas. Após as barreiras linguísticas serem derrubadas, ou melhor, durante esse processo, o professor precisa pensar nas especificidades de seus alunos surdos a fim de garantir-lhes condições educacionais de igualdade.

Pergunta 6: Na sua opinião, qual a principal característica que deve ter um professor para trabalhar com surdos?
R: Acho que, tratando-se de característica, e antes de se pensar que o trabalho é com surdos ou ouvintes, precisa-se ter compromisso profissional com seus alunos. Quando digo profissional pode parecer que estou dizendo que seja preciso rigidez, aplicação de técnicas, etc. e que todas as habilidades calcadas na formação humanística do professor sejam ignoradas. Entretanto, não é assim que quero que entendam. Para mim, o professor é um profissional e, por isso, precisa lidar profissionalmente com qualquer situação que ultrapasse a função de ensinar exatamente pelo fato de ser responsável pela formação de outros que, assim como ele, são humanos. Para a prática pedagógica com surdos, penso que seja necessário que o professor desenvolva a habilidade de pensar na língua de sinais, explorar suas infinitas possibilidades de criação a partir da língua de seus alunos, ao invés de apenas expressar-se por meio dela.

Pergunta 7: Quais são seus projetos acadêmicos e profissionais para 2011?
R: Estou programado para concluir minha graduação no segundo semestre de 2011. No primeiro semestre, começarei a desenvolver meu trabalho de conclusão de curso e no meio do ano me formo no curso de formação de Tradutores/Intérpretes de Língua de Sinais na Ulbra. Enquanto futuro professor de surdos, é fantástico estar aprendendo tudo o que posso a respeito de tradução/interpretação de língua de sinais. A realização desse curso de formação tem sido muito útil acadêmica e profissionalmente. Espero realizar um bom trabalho articulando as três áreas de conhecimento: Biologia, Estudos de Tradução e Educação de Surdos.

Pergunta 8: Qual a importância da internet e do seu blog na sua formação acadêmica e como pesquisador?
R: A internet é uma ferramenta fundamental para o meu trabalho hoje. Através dela, tenho acesso a outras ideias, outros trabalhos nos quais posso me inspirar, pensar sobre, bem como posso divulgar o meu próprio trabalho a fim de contribuir com outros profissionais. Isso tudo sem mencionar que ela me permite contatar tais pessoas, redefinindo as possibilidades de trocas.

Pergunta 9: Como os interessados podem entrar em contato com você e ter acesso à seus trabalhos e projetos?
R: É muito interessante essa prática de manter um blog, por isso eu mantenho um também. Não é nenhum Blog Vendo Vozes, nem nada, mas é higiênico, viu? Podem visitá-lo sempre que quiserem, hehehe. Nele é possível encontrar vários canais de acesso a mim e aos meus trabalhos, desde Orkut a Twitter, e passando por vários outros também. Os interessados podem acessá-lo através do endereço: http://biologiaemlibras.blogspot.com/

Por favor, deixe uma mensagem para os leitores do Blog Vendo Vozes....
Muitíssimo obrigado pela atenção de vocês, leitores que chegaram até essa parte da entrevista. Desejo que todos permaneçam frequentando este blog, pois ele é um veículo de informação muito importante e confiável tratando-se de assuntos que envolvem a surdez. Espero que tenham gostado, podem comentar, a Vanessa permite que vocês comentem aqui, não é proibido. Se gostaram, não gostaram críticas, sugestões, podem mandar, porque assim como vocês, eu costumo vir aqui e lerei seus comentários (até os responderei se precisar). Enfim, obrigado mesmo, Vanessa, pela oportunidade. Confesso aos leitores que eu fiquei muito empolgado quando a Vanessa, na última reunião geral do GIPES, me convidou para esta entrevista, porque sei da importância deste blog. Muito obrigado.

Muito obrigado, Pedro, pelo seu tempo e atenção conosco. É uma grande alegria poder divulgar seu trabalho e contar com sua colaboração em nosso Blog Vendo Vozes.

Atenciosamente,
Vanessa Dagostim Pires.
Eu e o colega Pedro na UNISINOS.

2 de out. de 2010

CONVERSA COM QUEM GOSTA DE BRINCAR - Ed. Inclusiva

CONVERSA COM QUEM GOSTA DE BRINCAR (Faculdade de Educação - UFRGS)
No dia 15 de outubro de 2010, às 18h30min, na FACED/UFRGS, será realizado mais uma "Conversa com quem gosta de brincar". Desta vez, o tema é "O espaço do brincar e do corpo na educação inclusiva" com Liana Pinto Tubelo, brinquedista, mestre em educação e professora da RME de Capão da Canoa (RS). A atividade é gratuita e não requer inscrição.
http://www.ufrgs.br/faced/